POLINÉSIA FRANCESA
- Noëlle Francois

- 28 de nov. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 18 de jul.

Destino exótico, paisagens exuberantes, águas cristalinas azul turquesa e areia branca: apenas alguns adjetivos que descrevem a Polinésia Francesa. Lugar para quem quer relaxar, descansar ou curtir a lua de mel. Como não poderia ser diferente, lá fomos nós se enveredarmos pelo oceano pacífico.
Para viver na íntegra o que esse jardim do Éden tem para oferecer, nos hospedamos no que é considerado um dos grandes atrativos da região, os bangalôs feitos em palafitas dentro do mar. Assim que chegamos, fomos recepcionados com colares de flores e coquetéis a base de suco de frutas enfeitados com guarda-chuvas. Nativos tocavam o popular ukelele, instrumento que eu descreveria como primo do violão em proporções menores, de som particular e bem bacana.
O nome da ilha de verdade não me lembro, acho que estava fascinada com a quantidade de coisas a fazer, tantos registros fotográficos... a viagem foi em uma época em que fotos eram tiradas com câmeras analógicas, lembra dessa época? Elas não tinham o recurso dos celulares que ao clicar temos a geolocalização, então vou ficar devendo essa informação para vocês, mas vamos ver pelo lado bom, já estávamos na era digital e não das fotos quadradinhas da Kodak. Continuando!
Sem tempo a perder, a programação do dia era a imersão na cultura local, então fomos passar o dia com pescadores. Família simpática a que nos acolheu, deram um apanhado geral sobre a cultura polinésia e seus costumes. Enquanto caminhamos pela ilhota, nos levaram empolgados no que seria o equivalente ao quintal da casa. Queriam nos mostrar algo interessante. Entusiasmados, pediram que entrássemos no mar, e educados que somos, assim o fizemos. De repente, olho para o meu marido e ele para mim. Com um olhar petrificado, pergunto: “isso aí... é o que penso que é?”, ele sinaliza com a cabeça algo como, “É sim! É sim! É sim!”. Achando graça do pânico, o pescador diz em um francês de sotaque interiorano “Não se preocupem, eles são tranquilos”. Bom, ter apenas um cercadinho de plástico dentro da água nos separando de tubarões não é algo que inspira confiança. Que loucura, gente! Mas admito que foi divertido ficar cara a cara com esses temidos predadores, e sem dúvida, gratificante observá-los em liberdade.
Não querendo menosprezar a experiencia anterior, mas de verdade mesmo, o momento marcante dessa viagem foram os golfinhos. Pedaço de paraíso esculpido pela natureza, a costa tem o que são chamados recintos naturais, espaços onde o magnifico mamífero se achega, dando a chance de biólogos e cientistas trabalharem juntos, o estudarem de perto, avançar em pesquisas da vida marinha e, principalmente, promover junto da população e visitantes a conscientização da preservação dessa criatura tão especial.
Ao visitarmos um desses recintos, somos conduzidos para o mar. Enquanto o tratador nos explica em detalhes tudo sobre golfinhos, um todo serelepe chega perto de nós. Exibido, quer nos mostrar que sabe saltar e dar piruetas. Como era de se esperar, o pobre moço perdeu toda a minha atenção. Depois de mostrar que entende de acrobacias, vem nos conhecer e nos examinar com seu focinho –com certeza esse não deve ser o nome correto, mas vocês entenderam, não é? Fui incentivada a dar um beijo nele, impossível não se apaixonar. Mais algumas explicações com ele por perto e por estar sereno com nossa presença nos foi dada a oportunidade de abraçá-lo. Ao envolvê-lo em meus braços sou pega pelo elemento surpresa: com a minha mão sinto seu coração batendo! Sem comentários! Nem imagino como descrever para vocês essa sensação única, mas diria que fiquei em Estado de Admiração Plena.
Vivência é fundamental! Nossas experiências por lá nos impactaram positivamente e sem dúvida essas férias ganharam um lugar especial em nossas memórias, com gostinho de quero mais.
Criaturas de inteligência ímpar e habilidade de comunicação altamente desenvolvida nos fazem reavaliar os valores da vida. Por isso, é missão do ser humano preservá-los, buscando o fim das ameaças que o cercam como a destruição de seu habitat, poluição dos mares, pesca e captura para serem mantidos em cativeiros para show em parques temáticos.
Sem eles, o ecossistema marinho fica comprometido e desequilibrado. É nossa obrigação reescrever essa história. Mas sem estresse, para isso você não precisa acordar domingo cedo e participar de alguma marcha do Green Peace em prol dos golfinhos. Não é clichê, é porque não paramos para pensarmos que pequenos gestos contam, sim, muito, como por exemplo, fazer o descarte consciente do seu lixo, a coleta seletiva e reciclagem, movimentos simples e de resultados significativos para o meio ambiente. Por último e não menos importante, não participe de eventos que utilizem animais como forma de entretenimento. Pequenos gestos, imensos impactos positivos.
Consultoria e Revisão: Arthur Barbosa







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