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TANZÂNIA

  • Foto do escritor: Noëlle Francois
    Noëlle Francois
  • 28 de nov. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 18 de jul.


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Dentre tantas viagens interessantes no nosso passaporte, a que fizemos para Tanzânia, na África, é, sem dúvidas, aquela que me transportou para o que posso chamar de meu verdadeiro habitat natural. Isolados do mundo, desconectados do mundo cibernético e rodeados de magníficos animais, foi a equação perfeita para mim. Tudo isso aliados a imensidão das savanas de cores ocres, a calmaria e silêncio absoluto do dia – apenas interrompido pela esplendorosa fauna que passa –, dão uma sensação acolhedora e de pura tranquilidade.


Em nossa passagem por lá, o ponto alto foi visitar o santuário que acolhe elefantes vindos do mundo inteiro, vítimas de maus tratos ou da caça ilegal de seus marfins.


Embora sejam considerados o maior animal do mundo, são de uma sutileza marcante. Pelas savanas, seus passos são suaves e majestosos, como uma dança ao caminhar.


Euforia total ao ter o privilégio de interagir com seres admiráveis. A tromba faz cócegas aos nos inspecionar em buscas de guloseimas e somos envolvidos por ela como que em um abraço afetuoso. Ao oferecer amendoim, uma sensação especial da minha mão em contato com aquela língua enorme, molhada e quente. Todos muito simpáticos e curiosos. Mais adiante, um grupo deles se divertiam brincando de jorrar água com suas trombas ou se lambuzando na lama, tudo ao som inconfundível que eles emitem.


Enquanto caminhávamos pela propriedade, eu me esbaldava na presença dessas adoráveis criaturas que nos acompanhavam, por outro lado, os tratadores estavam em êxtase ao descobrirem que somos da terra de Rei Pelé. Perguntavam ao meu marido tudo que podiam sobre futebol, era nítida a alegria deles com a conversa.


Entre um papo e outro, descobrimos que os elefantes são bastante carinhosos, sensíveis e inteligentes; têm capacidade de demonstrar tristeza, alegria e sentimento de luto através de linguagem corporal. Socialização é imperativo para o bem-estar e saúde. Por essa razão, cada manada tem entorno de cem deles, sempre liderados pelas fêmeas mais velhas e experientes. O contraste fica por conta dos machos, que quando atingem a puberdade por volta de seus treze anos, vão embora passando a levar uma vida de longos períodos de solidão.


Quem já não ouviu a expressão, Memória de Elefante? Me impressiona como são capazes de armazenar memórias! As matriarcas em tempos de seca conduzem seu bando por quilômetros para as regiões onde sabem que encontrarão água.


Hoje estão em extinção não apenas pelos maus tratos, a vida em cativeiro como nos circos e perda de habitat, mas principalmente pela caça predadora em busca de seus marfins. Tendo a China como maior consumidor, essa prática gerou mudanças impactantes, onde pode-se observar que parte desses animais chegaram na vida adulta sem desenvolver as presas ou então as têm, porém 21% menores. Um triste retrocesso na evolução da espécie.


Desempenhando um papel crucial na manutenção do ecossistema, seu declínio populacional drástico traz um impacto desastroso na biodiversidade. No intuito de tentar refrear o efeito das intervenções humanas, foi criado no dia 12 de agosto o DIA MUNDIAL DO ELEFANTE, com o objetivo de conscientizar sobre a conservação das espécies, criando um senso de responsabilidade, mobilizando a sociedade em prol do apoio a proteção das manadas.





Consultoria e Revisão: Arthur Barbosa

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