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MARROCOS

  • Foto do escritor: Noëlle Francois
    Noëlle Francois
  • 28 de nov. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 18 de jul.


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Ao desembarcar no Marrocos, a primeira sensação que tive foi de que a viagem não iria nos decepcionar. Cada dia mais surpreendente do que o outro.

Já chegamos visitando uma mesquita imponente, de suntuosidade pura em Casablanca. Um espetáculo de lugar. Algumas horas mais tarde, chegamos na cidade de hospedagem, e para conhecer esse país em sua essência, decidimos ficar no que lá é conhecido como Medina, parte antiga da cidade toda murada, composta de ruelas: verdadeiros labirintos que conservam suas belas casas tradicionais, as riads.


Viagem segue. Com nosso guia nos acompanhando, exploramos os famosos souks, mercados tradicionais encontrados em países de cultura árabe, compostos por diminutas ruas intrincadas onde se perder é muito fácil. De ambiente vibrante e dinâmico, somos envolvidos por um mix de sons, sejam vindos do burburinho de vozes, do tilintar de metais sendo trabalhos e tantos outros. Suas barracas repletas de produtos de cores vibrantes, o que imaginarmos vamos encontrar; artesanato, especiarias, alimentos, roupas, tapeçaria, joias, e por aí vai. Cada produto reflete a rica herança cultural da região. Vendedores amigáveis estão sempre dispostos a contar a história de suas mercadorias.


Aprendizado faz parte da nossa evolução, quanto mais esclarecimento temos, mais podemos opinar. Digo isso porque, embora eu seja defensora fervorosa de animais, fui sim visitar os curtumes. O mais icônico está na cidade de Fez. O processo é feito de forma artesanal, utilizando técnicas que são passadas de geração para geração. Sem contar o lugar de odor super peculiar… um cheiro de pele, e não bastasse, pele de bicho morto! Isso mesmo! Você há de concordar comigo que é um passeio muito interessante, pra dizer o mínimo. É incrível como nos esbarramos com a diversidade dos lugares e elas desafiam nossos princípios, as maneiras de vermos o mundo. De uma coisa tenho certeza: nunca voltamos iguais – e começo nos meus devaneios, falando sem parar e me empolgo. Vocês já perceberam, né? Bom, vamos voltar ao foco que é a proposta aqui: animais. Hoje as cabritas e cabritos, mas antes preciso explicar sobre o argan.


O argan desempenha papel vital na economia local e na preservação do meio ambiente. A árvore é uma planta única, adaptada a condições áridas. Seu óleo essencial é valorizado tanto na culinária quanto na indústria cosmética. O processo tradicional envolve a coleta dos frutos, secagem, extração das amêndoas e, por fim, a prensagem. Nem preciso falar que fui conhecer a produção, certo? A visita é fascinante!


As cooperativas na sua grande maioria, são compostas de mulheres. Espaços que proporcionam a elas autonomia, melhoram sua condição social e econômica na possibilidade de terem renda própria. Importante também a busca pela certificação do comércio justo, garantindo que os produtores recebam a compensação correta por seu trabalho, promovendo a conduta ética. Agricultura sustentável é outro lema importantíssimo.


Essas cooperativas são o exemplo de como o uso de práticas corretas podem beneficiar as comunidades locais e o meio ambiente. A preservação da árvore de argan é fundamental para o ecossistema local e ao combate da desertificação.


Senhoras e senhores, finalmente as cabritas e cabritos.  Esses animais são conhecidos por suas habilidades de escalar árvores em busca de folhas e frutos e se equilibram habilidosamente nos galhos, aproveitando a vegetação disponível. Essa peculiaridade característica da região sudoeste do país, se tornou uma atração turística única, símbolo da biodiversidade da região.


Assim que avistei a primeira árvore repleta desses animais, não consegui desviar o olhar e minha cabeça ficava maquinando para entender como é que eles conseguiam tal façanha. Sério! Foge do que a Lei de Gravidade explica, eram vários ao mesmo tempo se equilibrando e comendo as amêndoas de argan. Esqueci de falar, elas são alucinadas por esse fruto, por isso dessa imagem surreal aí da foto. A cena é tão bizarra que os fazendeiros, não perderam tempo e acharam nelas uma nova fonte de renda. Tirar fotos não é de graça, mas em contrapartida, podemos interagir com a bicharada, mas sem as incomodar.


Por hoje é isso, pessoal. Marrocos é um país encantador e transborda cultura para todos os lados. Agora vocês devem estar se perguntando: ela falou, falou e cadê o deserto do Saara, camelos, beduínos e seu povo nômade? Bem, isso vai ser tópico para outra postagem, que por sinal está fantástica.





Consultoria e Revisão: Arthur Barbosa

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